O grande pesadelo do Santos no Campeonato Brasileiro deve se tornar
realidade mais uma vez para assombrar o time na busca da vaga na
Libertadores: convocado, Neymar
deve perder outros três jogos no torneio. Com aproveitamento semelhante
ao de times na zona do rebaixamento sem sua maior estrela, o Peixe
sofre para substituí-lo e pode ficar fora da competição continental pela
primeira vez em dois anos. Segundo o goleiro Rafael, a queda de
rendimento é normal e seria a mesma em qualquer equipe que perdesse o
camisa 11.
Nas 17 partidas sem Neymar no Brasileirão 2012, o aproveitamento
santista assusta: 25,4%, menor até que o do lanterna Atlético-GO. Muito
pouco se comparado aos 74,1% dos pontos conquistados nos nove jogos com o
atacante em campo. Por disputar os amistosos da seleção brasileira
contra Iraque e Japão, em outubro, Neymar deve perder os jogos contra
Botafogo, Vasco e Atlético-MG (retornaria no dia do confronto contra o
Galo).
– Acho que quando se tem um jogador do nível dele na equipe, o time se
acostuma a jogar daquele jeito. Quando ele não joga, não que os que
entram não tenham condições, mas são características diferentes.
Sentimos falta porque estamos acostumados. Se o Neymar estivesse em
qualquer outra equipe, aconteceria a mesma coisa quando ele saísse –
declarou Rafael.
– Temos oscilado um pouco no Brasileiro e isso atrapalha. Contra o
Universidad de Chile, o Neymar fez uma grande partida, mas a equipe toda
jogou bem. A gente sempre conversa que, cada um fazendo sua parte e ele
decidindo no ataque, a gente está sempre estará brigando por títulos.
Nossa equipe, completa, pode conquistar qualquer título – completou.
Apesar de se conhecerem desde as categorias de base do Santos, Rafael e
Neymar têm estilos opostos fora dos campos. Enquanto o atacante
comemorou o título da Recopa fazendo um passeio de helicóptero com
amigos, Rafael preferiu passar a noite com a família depois da
conquista, por exemplo.
– Acho que cada um tem seu perfil. Sou um cara que gosta de trabalhar
muito, mostrar dentro de campo. Neymar também trabalha muito, e faz a
diferença dentro de campo. Uns falam mais, outros menos, cada um tem seu
jeito – disse.
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